
O turismo de alto padrão na América Latina passa por uma reconfiguração silenciosa e altamente estratégica. Com o euro em patamar recorde, instabilidade global e a crescente busca por segurança e privacidade, destinos de luxo mais próximos ganham força. Punta del Este, no Uruguai, desponta como epicentro desse movimento, atraindo cada vez mais brasileiros que antes priorizavam a temporada europeia.
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De acordo com dados internos do Enjoy Punta del Este, a ocupação média durante os meses de junho e julho de 2025 foi de 75,13%, com brasileiros representando 31% dos hóspedes internacionais. A diária média paga por hóspedes brasileiros foi de US$ 108 — valor 4% superior à dos argentinos, que foi de US$ 104—, impulsionado por um consumo que privilegia experiências privativas, como suítes com serviço de mordomo, jantares harmonizados com vinhos uruguaios, eventos culturais de nicho e programas wellness personalizados
Esse perfil de consumo faz parte de uma nova geopolítica do turismo de alto padrão: a América Latina começa a criar seus próprios eixos de luxo, fortalecendo um “mapa regional” que substitui parte da demanda por viagens intercontinentais. Além do câmbio favorável, esse movimento é impulsionado por:
- Valorização imobiliária: imóveis em Punta del Este valorizaram cerca de 10% no último ano, com bairros como La Barra e José Ignacio crescendo acima de 12% ao ano
- Aumento de voos privados: na América Latina, o volume de voos privados cresceu cerca de 10% em 2023, e no eixo Argentina–Punta chegou a 200% de alta em 2021.
- Ampliação de voos diretos: atualmente, a Azul opera duas frequências semanais de São Paulo (GRU) para Punta del Este (PDP). A Gol retomará voos diretos de GRU a Punta para a temporada de verão 2025/2026, com duas frequências semanais.
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